" Mantenho-me imóvel,
Tacteio o teu rosto diluído
Criatura da terra, amarei –te !
Enquanto a tua imagem permanecer em mim."

(...)
Renascimento de todas as palavras,
distantes de todo o seu significado vago!

As palavras são palavras!
o seu mistério está no segredo da terra ,
as palavras podem ser quentes ou glaciares.

tudo depende onde moram as palavras.

ver para além da solidão das palavras em casas fechadas!?

Longos caminhos de tracejos a branco a decorar o alcatrão das belas cidades,
arrastam a luz dos corpos e a beleza de uma palavra prometida!

Promessas

sonhos criados num bafo poeirento de caos,
onde reside a beleza desta cidade, no contentamento da preguiça?
(...)

« Sinto de novo presente nesta vontade de ser simplesmente alguém a refutar o amor como melodia,

como quem se entrega sem esperar mergulhar a fundo,

ver no reflexo do dia que a vida marca o momento efémero para ajudar a vislumbrar os sonhos desta e de tantas outras noites lânguidas...»

"O seu coraçao é um alaúde suspenso;

mal se lhe toca, ressoa."

De Béranger

A semente bouganvílea, perpétua na memória de todos os sublimes pensantes os recantos de lisboa ao final da tarde com todos os tons de púrpura, dourados pelos últimos banhos de sol.

A primavera anuncia-se tímida mas já tem o sabor de uma boa conversa de esplanada e o tilintar dos copos de cerveja espumosa ou o cheiro a café, aromatizando o ar e as gargalhadas ...essas gargalhadas descontraídas que tanta falta faz à lisboa invernosa!